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Líquido de arrefecimento: Não pode falhar!

Líquido de arrefecimento é importantíssimo para a vida útil do motor

Se você detesta ser surpreendido por falhas em seu carro, não pode abdicar de fazer a manutenção preventiva. Mas, se acha que a prevenção envolve apenas a substituição de peças, está enganado. A correta manutenção preventiva consiste também em avaliar os itens de maior desgaste. E os fluidos participam deste processo, um deles é vital: o líquido de arrefecimento.

Para oferecer o que tem de melhor, o motor precisa operar em um regime de temperatura controlado e, para isso, um sistema de arrefecimento preservado é importantíssimo, pois garante aumento da durabilidade do motor, economia de combustível, melhora no desempenho e, principalmente, menor emissão de poluentes.

Falar em período de troca do fluido é mais difícil. Algumas fabricantes indicam a primeira substituição aos 30 mil quilômetros (ou um ano). Já outras, pedem que a troca seja realizada aos 120 mil quilômetros (ou 5 anos), portanto, siga rigorosamente o indicado no manual do proprietário.

Para não ser pego de surpresa, não deixe de acompanhar o ponteiro do marcador da temperatura do seu veículo (quando este existir), ou a luz espiã que indica o limite. Qualquer alteração é sinal de que o fluído está com nível ou possíveis vazamentos no sistema.

“É também de bom tom verificar periodicamente o nível e a coloração do liquido de arrefecimento do reservatório de expansão do sistema, ou mesmo dentro do radiador (nos veículos mais antigos), pois os instrumentos sinalizam quando o problema já ocorreu ou está na iminência de ocorrer. Se for notado que o nível está baixando rapidamente ou a coloração do fluido está turva e escura, é hora de procurar preventivamente o mecânico”, recomenda o engenheiro mecânico Fernando Landulfo, professor da escola de engenharia da FMU.

Para que serve?

Basicamente, o líquido de arrefecimento protege o sistema contra corrosões (bloco, cabeçote, bomba d’água e válvula termostática, por exemplo) e, além disso, aumenta o ponto de ebulição e diminui o de congelamento da água dentro do sistema pressurizado. Assim, para refrigerar o conjunto, o líquido troca calor com as superfícies em que entra em contato, onde aumenta a temperatura quando passa pelas galerias e mangueiras próximas ao motor, e perde calor quando passa pelo radiador. “O líquido de arrefecimento, além de retirar o calor do motor e transferi-lo para o meio ambiente (através do radiador), também protege todo o sistema contra a corrosão. Os aditivos que, juntamente com a água, formam o líquido, também proporcionam um aumento da temperatura de ebulição e uma redução do ponto de congelamento do fluido.

No entanto, é imprescindível para o bom funcionamento do sistema que o mesmo opere pressurizado. De nada adianta o sistema estar abastecido com um líquido adequado se a pressão de operação estiver abaixo da recomendada. O mais aditivado dos fluidos irá entrar em ebulição (situação totalmente indesejável), dependendo das condições de operação do veículo. E para tal é preciso não só manter o sistema sem vazamentos, como substituir a tampa do radiador ou do reservatório de expansão (se dotada de válvula pressurizadora) periodicamente. A troca periódica do fluido garante que suas propriedades sejam mantidas”, acrescenta Landulfo.

Aditivo não é “tudo igual”

A composição e as propriedades dos fluidos variam de acordo com as especificações de cada fabricante, mas, normalmente, são produtos à base de polímeros, etilenoglicol e agentes anticorrosivos. Em motores de alumínio, por exemplo, a formulação pode ser diferente, pois determinados compostos que protegem o aço podem ser nocivos ao alumínio e aceleram a sua degradação.

Outra coisa a ser levada em consideração é de que existem dois tipos de fluidos de arrefecimento: os orgânicos (vida estendida) e os inorgânicos. É importante ressaltar que ambos não devem ser misturados em nenhuma hipótese. Esta atitude pode provocar uma reação química que acelera a degradação dos componentes internos do motor. Em caso de dúvidas, siga o manual de instruções do veículo e não complete – troque todo o fluido do sistema.

Diluído ou concentrado?

Talvez este seja o único quesito em que haja flexibilidade de escolha, mas isso não quer dizer que não ofereça dificuldades. Deste modo, você pode adquirir aditivos já diluídos, prontos para uso, ou então produtos concentrados em que é preciso diluir o conteúdo da embalagem com água.

No entanto, água da torneira não vale. Ela possui alta concentração de cloro e sais minerais que podem provocar danos ao sistema de arrefecimento, como incrustações e corrosões nas partes metálicas. Por isso, é necessário utilizar água desmineralizada, diluída na proporção em que o fabricante do veículo recomenda com o aditivo.

“Um fluido super aditivado pode ser tão prejudicial quanto um sub aditivado. Excesso de aditivo pode provocar a formação de depósitos sólidos dentro do sistema que, em situação extrema, pode provocar entupimentos e travamentos de componentes importantes como a válvula termostática”, explica Landulfo. adquirir aditivos já diluídos, prontos para uso, ou então produtos concentrados em que é preciso diluir o conteúdo da embalagem com água.

No entanto, água da torneira não vale. Ela possui alta concentração de cloro e sais minerais que podem provocar danos ao sistema de arrefecimento, como incrustações e corrosões nas partes metálicas. Por isso, é necessário utilizar água desmineralizada, diluída na proporção em que o fabricante do veículo recomenda com o aditivo.

“Um fluido super aditivado pode ser tão prejudicial quanto um sub aditivado. Excesso de aditivo pode provocar a formação de depósitos sólidos dentro do sistema que, em situação extrema, pode provocar entupimentos e travamentos de componentes importantes como a válvula termostática”, explica Landulfo.

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