Se você ainda não tem um smartphone, acredite, em breve você terá. Os celulares “tudo em um”, capazes de realizar diversas tarefas — além de fazer e receber chamadas —, estão se tornando cada vez mais comuns e, em alguns casos, chegam até a substituir os computadores nas tarefas cotidianas, como checar a conta bancária, verificar e-mails ou acessar as redes sociais.
Um dos principais destaques dos novos celulares é a tela sensível ao toque, que não só aposentou o teclado convencional como também os cursores usados anteriormente para selecionar as funções desejadas. Muito práticas, essas telas facilitaram o desenvolvimento de aplicativos, além de tornarem o manuseio do aparelho muito mais amigável. Outra vantagem das novas telas é que elas também são resistentes a riscos e permitem visualização mesmo sob o sol. Os telefones mais recentes têm formato curvo, o que facilita guardá-los no bolso da calça, por exemplo.
Assim, nada mais natural que a tecnologia utilizada nas telas dos telefones seja “transplantada” para os automóveis. Afinal, o futuro dos automóveis é, inexoravelmente, tecnológico, e tudo a bordo deles terá como missão tornar a condução uma tarefa cada vez mais segura, confortável e — por que não — interativa. E isso já começou a acontecer, como se pode ver nos modelos mais recentes, repletos de telas e monitores coloridos.
Graças às telas táteis, a tendência é que os botões físicos deixem de existir nos painéis
Um bom exemplo é o novo Citroën C4 Picasso, lançado recentemente na Europa. No lugar do antigo quadro de instrumentos no centro do painel agora há um monitor horizontal configurável, que pode exibir cores, formas e informações que o motorista desejar. Já os controles de ar-condicionado e de ventilação, do sistema de telefonia, do rádio ou do navegador estão reunidos em outra tela, situada mais abaixo. Do tipo tátil, ela é fácil de utilizar e agrada aos mais jovens — ao mesmo tempo que assusta os consumidores mais velhos. Botões convencionais servem apenas para dar a partida no motor e acionar o equipamento multimídia. Eles também estão presentes no volante multifunção.
O novo Mercedes Classe S é outro que aposta nas telas no lugar de um painel repleto de botões. Com uma resolução impressionante (1.440 x 540 pixels), os dois monitores podem ser configurados ao gosto de cliente, mas não são sensíveis ao toque. Há uma espécie de mouse no console para realizar os ajustes.
Quem promete revolucionar nesse aspecto é o Audi TT, cujo interior foi revelado na edição deste ano do CES (Consumer Electronics Show), realizado nos Estados Unidos. Inovador, o modelo terá um quadro de instrumentos totalmente digital e configurável, que poderá ser usado como tela do navegador, por exemplo.
O melhor é que a tendência indica que a popularização fará com que esses painéis inovadores sejam usados cada vez mais e em modelos mais acessíveis.
