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Impressões: Nissan Altima

Se você é fã de sedã, é bem capaz que irá pen­sar em um Nissan. A marca japonesa oferece uma farta gama de modelos e versões. Começa com o de entrada, o Versa, a partir de R$ 37.000. Passa pelo renovado Sentra, que acabou de mudar, na faixa de R$ 53.000. E, até o final do ano, trará o novíssimo Altima, o modelo mais vendido da Nissan nos Estados Unidos. Ele deverá chegar acima de R$ 90.000 para concorrer diretamente com o Ford Fusion e o Honda Accord.

Você deve estar se perguntado: por que a Nissan decide mostrar um comportado sedã em ple­no deserto do Arizona? Porque é ali, no meio do nada, que a marca japonesa montou um imenso centro de testes, com todos os tipos de pista. Assim, debaixo de um sol de “rachar coco”, em torno de 45 °C, fizemos a avaliação do novo Altima. Vou resumir as inovações, que fazem o sucesso desse modelo lá fora:

1. Câmbio Xtronic CVT aperfeiçoado: mais eficiente e econômico.

2. Nova suspensão traseira multibraço, que é a mesma utilizada em veículos da mais sofisti­cada marca Infiniti, do mesmo grupo.

3. Assentos “gravidade zero” com tecnologia da NASA, muito confortáveis.

4. Vários sistemas modernos de segurança.

O Altima está na sua quinta geração, produ­zido na fábrica de Smyrna, Tennessee: um car­ro com muita inovação e tecnologia. O modelo que virá para cá terá motor 2.5 e 4 cilindros, de 182 cv. O V6 oferecido para o mercado ameri­cano não será vendido por aqui. Ao menos, por enquanto.

A Nissan orgulha-se de ser líder mundial da tecnologia de câmbio continuamente variável: nos últimos 20 anos. Já produziu mais de nove milhões de veículos equi­pados com a exclusiva caixa Xtronic CVT. Ela sempre funciona na marcha ideal, seja em ultrapassagens, conversões ou mudanças de faixa. Ou seja, como não há troca de marchas, não se sente nada, o mínimo “tranco”, entre uma redução e outra. No caso do Altima 2.5, segundo a Nissan, houve redução de 15% no consu­mo em comparação à geração anterior. E devido aos cerca de 60% dos compo­nentes novos, este CVT está 13% mais leve e com 40% menos atrito. A menor fricção entre as peças é decorrente tam­bém da adoção de uma bomba de óleo mais compacta e do uso de óleo de bai­xa viscosidade.

A suspensão traseira foi aperfeiçoada, agora com o sistema de controle ACS. Quando o motorista vira as rodas dian­teiras, por exemplo, ao entrar em uma rodovia ou quando passa por uma rota­tória, a tendência é de subesterço. Com o ACS, o Altima faz a manobra de forma bem fácil. Tudo muito discreto, quase imperceptível.

Os amortecedores são da ZF Sachs, os mesmos fornecidos para modelos In­finiti, marca de luxo da Nissan.

A nova direção com assistência hidráulica eletrônica EHPS permite manobras suaves da direção em altas velocidades e menos esforço para estacionar.

No quesito segurança, o Altima oferece três novos sistemas. Um deles é o Rear View Monitor, uma pequena câmera instalada junto à placa, que dá uma ampla visão ao redor do carro. Ótimo para um trânsito como o nosso, com motoboys, bicicletas e pedestres, tudo misturado. Tem ainda um sensor que mostra os pontos cegos: ele alerta em uma luz próxima ao espelho retrovisor. E se você mudar de faixa repentinamente, outra câmera dará sinal sonoro!

Quanto aos bancos da Nasa, são bem macios. Segundo a Nissan, a sensação é similar à do corpo humano em ambientes sem gravidade. Considerando o tanto de horas que passamos em um automóvel, isso será bem útil!

Pistas de testes no deserto

Acima, você vê o Arizona Test Center (ATC), em Stanfield, Arizona (EUA), em pleno deserto: incrível para quem adora automóvel. Trata-se do único campo de provas da Nissan nos Estados Unidos, criado em 1987. Desde então, todos os veículos da marca são testados nele (outras marcas também o utilizam). O lugar tem pistas de durabilidade, conforto, força estrutural, skid pad, aquaplanagem… E rodar no seu oval com 9,1 km de extensão é uma aventura e tanto!

Um dos principais objetivos desse centro é testar confiabilidade, desempenho, frenagem, ruídos, durabilidade, sistemas de ar-condicionado (local perfeito para isso) e muitos outros itens dos carros. O uso de equipamentos sofisticados permite a gravação dos dados dos testes para reprodução nos laboratórios do centro, o que ajuda a acelerar o desenvolvimento dos produtos.

Esse circuito foi feito no Arizona devido às ótimas condições climáticas, já que a região é extremamente quente, perfeita para testes de resistência durante praticamente o ano inteiro. O asfalto quase derrete, debaixo de um sol de 45 °C, nesta época do ano. Mesmo assim, há plantações ao redor! Incrível!

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