Ícone do siteÍcone do site Revista Carro

Guia de compra: Renegade flex primeira geração; veja equipamentos e motorização

Modelo é equipado com motor 1.8 flex de até 139 cv

Devido à crescente demanda por modelos do tipo SUV de porte compacto, a Jeep trouxe o Renegade para aproveitar o desejo dos consumidores por veículos com maior altura do solo e ponto H (posição do assento) elevado. Disponível em versões flex ou diesel, trataremos em detalhes sobre os modelos equipados com motor 1.8 flex, que esteve presente desde seu lançamento até o ano de 2021.

Com bom acabamento interno, suspensão confortável, amplo espaço interno e visual que transmite solidez, o Renegade sempre figurou entre os SUVs mais vendidos graças a seus atributos que o fizeram ser a escolha de muitos consumidores. Lançado no ano de 2015 em três versões, sport e longitude flex e trailhawk diesel, o modelo recebeu melhorias no motor 1.8 flex para o ano-modelo 2017, que passou a ter melhor desempenho e menor consumo de combustível.

A sua abrangente gama de versões faz do Renegade um veículo que atende diversos públicos, desde a básica sport até a topo de linha limited, o que o torna ótimo de revenda e um carro desejado no mercado de usados. Entretanto, há algumas observações quanto a compra desse SUV compacto, que ganhou as ruas brasileiras.

Motor
O motor que equipou o Renegade até o ano-modelo 2021 foi o propulsor da família E.torQ, projeto feito pela BWM e Chrysler adquirido pela então FCA (Fiat Chrysler Automobiles), em versões 1.6 e 1.8 no ano de 2010. No Jeep, o motor de 1.8 litros desenvolvia 132 cv e 18,6 kgfm de potência e torque máximos, respectivamente, quando abastecido com etanol. Após atualização do projeto para o ano-modelo 2017, esse propulsor passa a contar com 139 cv e 19,3 kgfm quando abastecido com álcool, o que melhora o seu desempenho.

No consumo também houve melhoria, já que o motor revisto passa a ter as médias de 6,5 km/L (A) e 9,5 km/L (G) na cidade, e 7,6 km/L (A) e 10,9 km/L (G) na estrada, contra as médias de 6,5 km/L (A) e 9,4 km/L (G) em percurso urbano e 7,2 km/L (A) e 10,5 km/L (G) em percurso rodoviário, antes de sua revisão.

Sob a denominação E.torQ EVO, o propulsor conta com comando único com variador de fase na admissão e exaustão, quatro válvulas por cilindro e sincronismo feito por corrente, apresentando alta densidade de torque para sua cilindrada. No motor revisto, que passa a ser denominado E.torQ EVO VIS, há a adição do aquecimento do combustível na flauta, o que elimina a necessidade do tanquinho de partida à frio, e também do coletor de admissão com fluxo variável, que melhora o torque em baixa rotação e a potência em alta rotação, sendo um propulsor bastante robusto.

Recalls

Os principais recalls do Jeep Renegade, sendo possível checar se há algum chamado pendente através de verificação do chassi do veículo:

Pinça de freio traseira do lado direito: devido a uma possibilidade de quebra da fixação da pinça de freio traseira direita, é possível que haja a diminuição repentina na capacidade de frenagem, aumentando a chance de danos materiais e/ou físicos. Ano-modelo afetado: 2020.

Atualização do software da central do airbag: com a chance de desconfiguração da programação da central do airbag, em caso de colisão ou capotamento o risco de ferimentos aos ocupantes é aumentado. Ano-modelo afetados: 2018 e 2019.

Atualização do software da central de controle do motor: nos veículos equipados com Cruise Control, devido à programação da central eletrônica, pode ocorrer alterações características da direção elétrica e da frenagem, além do desligamento repentino do motor, o que aumenta a chance de danos físicos e/ou materiais. Ano-modelo afetados: 2015 e 2016.

Substituição do cabo do freio elétrico de estacionamento: a falha nesse componente pode acarretar o não travamento das rodas com o acionamento do freio de estacionamento, podendo ocasionar danos aos passageiros ou a terceiros, além de danos materiais. Ano-modelo afetados: 2015 a 2017.

Problemas recorrentes

O Jeep Renegade apresenta poucos problemas, entretanto é necessário atenção, visto que um deles pode ter o custo de reparo muito elevado. Os principais pontos de atenção do modelo são os seguintes:

Problemas elétricos: relatado por uma parcela dos proprietários, problemas como vidros elétricos que sobem e logo em seguida descem ou que não completam o fechamento ou abertura completa, acionamento involuntário do alarme e acionamento intermitente do farol alto e dos faróis auxiliares são comuns. Sua solução é a verificação dos chicotes elétricos, programação dos módulos e encaixe de peças.

Barulhos internos e externos: com barulhos provenientes da suspensão dianteira, sistema de direção e vedações dos vidros, esses ruídos podem incomodar alguns donos do Jeep, que também reclamam da dificuldade em sanar todos os problemas, pois a causa deles é variada.

Alto consumo e baixo desempenho: um dos principais problemas relatados pelos donos do modelo é o alto consumo de combustível, principalmente nos modelos antes de 2017 que não contam com a revisão de motor. Além do alto consumo, o desempenho é insuficiente devido a seu peso, especialmente em situação de rodovia com o veículo em carga máxima.

Trocador de calor do câmbio: com a corrosão desse componente é possível que o líquido de arrefecimento se misture com o fluido do câmbio automático AT6 (Aisin TF72-SC), o que pode acarretar a perda do câmbio automático devido a contaminação do fluído. Nesses casos, o custo de reparo corretivo pode superar os R$ 15.000, enquanto a substituição preventiva do trocador de calor tem preço médio de R$ 1.300 para peças originais, fora mão de obra.

Pontos positivos e negativos

O Jeep Renegade se destaca na categoria por apresentar um ótimo espaço para os passageiros, uma boa lista de equipamentos mesmo nas versões mais básicas, boa altura do solo e robustez da suspensão (independente na traseira), que traz conforto e estabilidade, além de seu motor 1.8 não apresentar problemas crônicos e ter facilidade na reposição de peças.

O que pesa contra o veículo é seu desempenho rodoviário nos primeiros ano-modelos e seu consumo de combustível. Outro ponto negativo é seu porta-malas, que tem apenas 260 L em medição VDA devido ao tipo de construção de sua suspensão traseira, do tipo McPherson, que rouba mais espaço do que uma do tipo Multilink.

Dessa maneira, é fácil notar porque o Renegade sempre alcançou um bom número de vendas, sendo um veículo que oferece conforto, bons equipamentos e um visual que agrada a maioria dos motoristas, com uma ótima usabilidade urbana. Entretanto, é necessário verificar se o modelo que se deseja adquirir realizou as manutenções no sistema de arrefecimento, além da substituição do trocador de calor, para usufruir da solidez mecânica desse bom representante da categoria de SUVs compactos.

 

Sair da versão mobile