Ícone do siteÍcone do site Revista Carro

Fiat Mobi GSR robotizado democratiza o conforto

A Fiat completou nesta quarta-feira (29) a gama do compacto Mobi com a inédita versão Drive GSR. A sigla batiza a versão atualizada do conhecido câmbio robotizado Dualogic, que equipa a versão topo de linha do modelo e custará R$ 44.780. O novo Mobi GSR usa o motor 1.0 de três cilindros Firefly que estreou no modelo no fim do ano passado e chegará aos concessonários neste final de semana.


Seu preço fica R$ 3.585 abaixo do Up! Move I-Motion – até então, alternativa mais barata para quem busca um carro que troque as marchas automaticamente. Como no Volkswagen, a lista de itens de série inclui direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros elétricos dianteiros. O pacote de equipamentos, porém, não vai muito além disso: desembaçador e lavador do vidro traseiro, alarme, retrovisores elétricos, sensor de ré e sistema de som são todos vendidos à parte.


A chegada do Mobi GSR vem junto da linha 2018 do modelo. A maior diferença está na saída das versões com o sufixo On, que diferenciava as variantes mais equipadas dos pacotes Easy, Like e Way. Com isso, o catálogo do Mobi e os principais equipamentos de cada versão ficaram da seguinte forma:

Mobi Easy 1.0 8V: R$ 33.700 – Itens de série: rodas de aço com calotas de 13″ e bancos traseiros bipartidos.
Mobi Like 1.0 8V: R$ 39.190 – Itens de série: todos da Easy, mais ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricas e retrovisores na cor da carroceria
Mobi Way 1.0 8V: R$ 40.650 – Itens de série: todos da Like, mais suspensão elevada, rack de teto e apliques plásticos na carroceria
Movi Drive 1.0 6V: R$ 40.650 – Itens de série: todos da Like, exceto pela direção hidráulica – que dá lugar a uma com assistência elétrica. 
Mobi Drive GSR 1.0 6V: R$ 44.780 – Itens de série: todos da Drive, mais câmbio robotizado GSR com borboletas para trocas de marcha no volante.


EVOLUÇÃO DE DÉCADA
A Fiat lançou o Mobi GSR em meio ao caótico trânsito de São Paulo. A ideia era mostrar justamente o principal diferencial do modelo, que adota as mesmas atualizações feitas no câmbio Dualogic do novo Uno – incluindo os característicos botões de comando, ao invés de alavanca. Além da atualização do software de controle, a empresa adicionou ao câmbio um inclinômetro. O item permite ao carro saber se o veículo está em uma subida ou descida, reduzindo as marchas antes que o motorista precise pisar mais no acelerador.


Estruturalmente o sistema robotizado da Magnetti Marelli usado no Mobi, chamado de Easy Choice, é similar ao pioneiro Stilo Dualogic de 2008. A Fiat alega, no entanto, que sucessivas melhorias no equipamento deixaram as “cabeçadas” provocadas por trancos nas trocas de marcha no passado.

No percurso realizado por CARRO as melhorias são, de fato, inegáveis. Naturalmente o Mobi GSR, assim como outros robotizados, não consegue entregar a suavidade de uma automático, mas é um dos que chega mais perto disso – junto do trio Fox/Gol/Voyage I-Motion.

A ECU do câmbio poderia ser um pouco mais rápida em algumas situações para entender que o motorista deseja mais força e reduzir a velocidade, especialmente quando o pedal do acelerador é pressionado rapidamente, mas não até o final de seu curso.

A função creeping, que permite o leve escorregamento da embreagem para facilitar manobras, faz com que o carro dê alguns trancos ao iniciar a marcha. Segundo executivos da marca, isso ocorre por causa do motor três cilindros, que vibra mais e acaba transmitindo isso para a caixa de marchas.

As borboletas no volante e o modo Sport facilitam a vida dos mais apressados. Além de segurar as marchas por mais tempo, o modo esportivo também deixa o acoplamento da embreagem mais rápido, agilizando as trocas em detrimento de parte do conforto.

Neste aspecto, aliás, o Mobi se sobressai até em relação ao Uno 1.3 Dualogic. Para o consumidor que entra no segmento dos “sem-embreagem”, o modelo é uma alternativa atraente financeiramente. Por mais que seu design divida opiniões, o motor Firefly de três cilindros deu ao compacto a agilidade que faltava, e a economia de combustível o coloca no topo dos populares com motor aspirado. Segundo o Fiat, o modelo obteve no programa de etiquetagem do Inmetro/Conpet as médias de 14,0/15,9 km/l ( com gasolina) e 9,8/11,1 km/l (etanol) nos ciclos urbano e rodoviário, respectivamente.

Sair da versão mobile