Analisamos os prós e contras das picapes médias com estilo aventureiro
Febre entre os compactos no passado (VW CrossFox, VW Gol Rallye e Fiat Palio Adventure) e presente (Fiat Argo Trekking, Renault Stepway e Ford Ka FreeStyle), o estilo aventureiro tem uma nova onda em um outro segmento: o das picapes médias. A Nissan Frontier Attack aposta neste estilo há três gerações – na atual, a versão estreou em 2019. Nesta semana, a Ford lançou a Ranger Storm, que se assemelha em proposta e preço à rival da Nissan. Qual delas entrega o melhor custo-benefício?
Para responder a esta resposta, preparamos este duelo, onde analisamos os aspectos positivos e negativos de cada uma. As características de cada uma são divididas em cinco tópicos distintos. São eles: “Visual”, “Mecânica”, “Dimensões e Espaço”, “Equipamentos” e “Preços e Manutenção”. Confira!
Visual
Em relação às demais versões, a Ranger Storm traz grade exclusiva, apliques plásticos ao redor das caixas de roda, estribos, barra de proteção na caçamba (santantônio) e faróis e lanternas escurecidos, além de adesivos e rodas pretas. A Frontier possui os mesmos adereços, com exceção das molduras nos para-lamas.
Em contrapartida, a picape da Nissan traz rack no teto e adesivos pretos no capô. Na linha 2020, a Attack deixou no passado uma espécie de quebra-mato sob o para-choque (de gosto duvidoso) e ganhou novo desenho das rodas – anteriormente, adotava o mesmo conjunto da geração passada.
Mecânica
A Frontier traz sob o capô um 2.3 biturbodiesel de 190 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. O câmbio é automático de sete marchas. Na Ranger, o 3.2 cinco cilindros turbodiesel gera 200 cv e 47,9 kgfm e é acoplado a um câmbio automático de seis marchas.
Ambas possuem tração 4×4 com reduzida e adotam a tradicional suspensão traseira por eixo rígido. A da Frontier, porém, traz cinco braços de conexão ao chassi e usa molas helicoidais, enquanto a Ranger adota o tradicional feixe de molas semi-elípticas.
Dimensões e espaço
Em porte, a Ranger supera a Frontier em comprimento (5.354 mm x 5.264 mm), largura (1.870 x 1.850) e distância entre eixos (3.220 x 3.150) – em altura, a vantagem é da Frontier por 5 mm (1.826 x 1.821). Ambas possuem capacidade de carga de 1.040 kg (que inclui a soma de ocupantes e carga). A caçamba da Ranger possui 1.180 litros de volume, ante 1.054 litros da Frontier.
Equipamentos
A Nissan Frontier Attack sai de fábrica com controles de tração e estabilidade, assistente de saída em rampa, central multimídia de oito polegadas, tela de 5 polegadas no quadro de instrumentos, câmera de ré e volante multifuncional em couro. O utilitário da marca japonesa deve mais airbags (há apenas as duas bolsas frontais obrigatórias por lei), controle de cruzeiro e ar-condicionado digital.
À exceção do volante em couro, todos estes itens estão presentes na Ranger, que traz 7 airbags, controle de cruzeiro e ar de duas zonas. Item exclusivo da Nissan é a oferta de tag de pagamento automático (da empresa Sem Parar), que vem de fábrica colado ao para-brisa (é preciso ativar separadamente o plano para uso). Faltam a ambas protetor de caçamba e capota marítima – os dois itens são vendidos apenas como acessórios de fábrica nas concessionárias.
Preços e manutenção
Na análise de custo-benefício, a Ford Ranger Storm larga na frente. Mesmo mais equipada e potente, custa menos: R$150.990, ante os R$ 160.850 do preço de tabela da Nissan Frontier Attack. A garantia de fábrica oferecida pela Ford é de 5 anos, ante 3 anos da Nissan. As três revisões programadas até 30 mil quilômetros da Frontier custam R$ 2.647; na Ranger, R$ 2.787.
Fotos | Divulgação