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Discovery Sport Diesel não é para fracos!

Conheci bem o Freelander, que saiu de linha. Mas ainda não tinha rodado com o novo modelo de entrada da Land Rover, o Discovery Sport. Entrada é maneira de dizer, pois o mais baratinho dos Sport custa R$ 217.696. Nesta versão que você vê nas fotos, a sofisticada 2.2 SD4 Turbodiesel HSE Luxury, ele custa a “bagatela” de R$ 295.796.

O Sport não tem nada a ver com o Discovery tradicional, que parte lá dos R$ 319.420. Sendo sincera, gosto mais do Discovery, um carrão superconfortável e sofisticado. Talvez esse “amor” venha da experiência que tive no seu lançamento anos atrás, no Reino Unido. Foram três dias de um off-road absurdamente forte na Escócia e nos arredores de Londres, na Inglaterra. Das experiências que nunca vou esquecer, a mais impressionante foi despencar morro abaixo e mergulhar até o fundo de um rio. Depois, acelerei embaixo d’água e fui para terra firme, como se nada tivesse acontecido!

Peguei esse Sport sem tempo de falar “boa tarde” para ele. Estava atrasada para o lançamento do novo Kia Sportage, em Itu, SP. Um SUV foi visitar o outro! De cara, me chamou a atenção as cores do revestimento de couro (Windsor) de um tom bege/avermelhado, bem bonito. A má lembrança ficou por conta da minha briga com a regulagem do banco. O Sport não é um carro muito feminino!

Os 17 alto falantes da Meridian dão ao carro uma acústica perfeita. Nem dá para escutar o motor diesel 2.2 de 190 cv, o mesmo do antigo Freelander. Ele é bem equipado, com faróis de xenônio com luzes diurnas de LED, controle de estabilidade com assistente de declive e sistema multimídia com espelhamento para celular. O câmbio é de nove marchas.

 

Como o motor é diesel, o consumo acaba sendo interessante. No teste feito anteriormente pela nossa equipe, ele fez 14,1 km/litro na estrada e 9,5 km/litro na cidade. Bastante econômico para um carro desse porte, o que talvez justifique o investimento na versão a diesel.

VAMOS VER SE É MACHO, MESMO
O fim de semana prometia, com uma viagem para Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. Saí com o meu filho na sexta, perto do meio-dia. Pegamos a Rodovia dos Tamoios, SP, que está muito boa depois de uma grande reforma. Nas curvas, o Sport saiu um pouco de dianteira. Também ficou um tanto “pesado” na retomada de velocidade em subidas. Som na “caixa” e fomos curtindo a vista, através do imenso teto panorâmico.

Chegamos na Ilhabela perto das 16 horas e almoçamos em um restaurante bem charmoso, que indico, chamado Almirante. Ele fica sobre as pedras, a 12 km do centro. Tem uma vista incrível, especialmente no pôr do sol, e a comida é deliciosa. Depois nos hospedamos no DPNY, um dos melhores hotéis do Brasil. Perfeito para relaxar e esquecer de tudo. Fomos diretamente para o SPA com saunas, jacuzzi e piscina aquecida!

Dormimos cedo, pois no dia seguinte iríamos até Castelhanos, do outro lado da Ilhabela. Havia tentado ir uma vez com uma Nissan Frontier, mas a estrada estava muito ruim e precisei voltar. Desta vez, com um Land Rover, não haveria mal tempo que cancelasse a aventura!

Para Castelhanos a trilha funciona sempre em um único sentido. Para quem vai, o horário é das 8 às 14hs. Para voltar, o horário é das 15 às 18hs. São 28 km de estrada e o trajeto leva cerca de uma hora, com um ponto de parada em um mirante e em algumas bicas de água pelo caminho.

QUE DELÍCIA DE LAMA!
O sistema de tração do Discovery é muito interessante, com várias formas de dirigir, como as regulagens para rodar na areia ou na lama. O carro realmente se ajusta para essas condições. Além disso, acionando o sistema de controle de descida, não há como errar!

Começamos com o modo “Lama”, pois é o que mais existe nessa trilha. A altura do solo e o angulo de ataque deixaram um pouco a desejar, porque o Discovery Sport raspou em muitas pedras. Mas o seu controle de tração 4X4 funcionou perfeitamente nos piores atoleiros. Cruzamos um rio, na estradinha. A submersão máxima do Discovery Sport é de 60 cm e foi muito tranquilo vencer mais esse obstáculo.

Chegamos em Castelhanos e paramos ao lado de um antigo Defender, outro parrudo da marca. Tomamos uma água de coco e curtimos essa belíssima praia, esperando a hora de voltar. Aproveitamos para avaliar o Sport na areia. Muito divertido! A praia tinha uma areia muito fina e fofa. Mas o carro parecia estar em uma avenida! O furo foi ter esquecido de fechar as janelas: entrou areia por todo lado!

DE VOLTA À SAMPA
Utilizando o Sport como “bom menino”, na cidade, resolvi testar se o seu sistema de terceira fileira de bancos traseiros é mesmo útil. Às vezes, abrir e fechar o sexto e sétimo bancos acaba sendo um trabalhão! Chamei a Cláudia, minha vizinha e amiga, que roda com um SUV, porque precisa de espaço para levar toda família! Ela tirou a tampa do compartimento de carga traseiro, sem dificuldade. Depois, puxou as alças dos bancos e os levantou com facilidade. Para entrar lá atrás, basta rebater o encosto do banco do meio e puxar seu assento para frente: ideal para duas crianças.

Se você tem família e bolso grandes, indico este carro versátil. Mas não se esqueça de levá-lo para a lama de vez em quando, para que o Sport não tenha problemas de personalidade!

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