A Mercedes-Benz anunciou nesta sexta-feira (15) a chegada do Classe C 180 nacional equipado com motor flex. O sedã parte de R$ 148.900.
O C 180 será o único modelo de sua família a receber o motor 1.6 16V turbo flexível. A versão Estate (perua) e as outras 2.0 turbo por enquanto não vão receber a tecnologia para rodar com etanol.
Segundo a fabricante, diversas alterações no motor M274 (importado da Alemanha) foram necessárias para adaptar o C 180 ao combustível vegetal brasileiro. A começar pela bomba de combustível, linha e bicos injetores (a injeção é direta) com maiores vasões e capacidades contra a corrosão e novos sensor de combustível, cabeçote e calibração do motor.
A Mercedes-Benz também afirma que a adaptação ao etanol não culminou em aumento de potência. Os números de 156 cv e 25,5 kgfm de torque foram mantidos com os dois combustíveis. E de acordo com o programa de etiquetagem veicular (Conpet) do Inmetro, o Classe C 180 é capaz de rodar 7 km/l na cidade e 9,2 km/ na estrada, abastecido com etanol, e 10,2 km/l e 13,3 km/l, respectivamente, a gasolina. O resultado o classificou como nota A em seu segmento e B na classificação geral do instituto.
Vale lembrar que a Mercedes-Benz também oferece os modelos Classe A 200, CLA 200, GLA 200 e Classe B 200 flex no Brasil.
MADE IN BRAZIL
O Classe C 180 flex que o consumidor for adquirir nas lojas este mês já será oriundo da fábrica de Iracemápolis (SP) da companhia alemã (ainda há algumas versões importadas em estoque nas lojas). A planta, que hoje produz todos os sedãs da Classe C (200 e 250 Sport), tem capacidade para fazer 20.000 unidades por ano e começará em breve a montar o SUV GLA, nas versões 200 e 250 Sport.
O Classe C é o modelo mais vendido da Mercedes no Brasil. Ano passado, ele foi emplacado 7.525 vezes. Contudo, se ano passado o segmento de luxo havia conseguido driblar a crise, este ano os efetios do arrefecimento do mercado começam a aparecer. No caso do Classe C, nos primeiros seis meses de 2016 foram apenas 1.823 unidades vendidas, o que resulta numa média de 303/mês. Considerando a estabilização desta média, o resultado final do ano não passaria de 3.700 unidades (ou teria queda de 50%).
No geral, a Mercedes-Benz já enfrenta uma redução de 27% das vendas neste primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2015.
Segundo os executivos da marca, o cenário pode não ser tão doloroso no final do ano, porque o segundo semestre tende a ser melhor nas vendas historicamente.