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Teste: C 180 Avantgarde

Mercedes-Benz C 180 Avantgarde

Desde o lançamento do Classe A, a Mercedes-Benz vem tentando conquistar um público mais jovem. Com o Classe C, a estratégia se manteve, mesmo sendo um modelo reconhecidamente mais conservador. Do estilo à preocupação com o desempenho, a marca tenta flexibilizar seu público-alvo, mas não consegue — na verdade, nem almeja — abrir mão de seu estilo clássico.

Em alguns aspectos, o objetivo foi alcançado. O visual imponente, com vincos e linhas marcantes, especialmente na frente, confere um desenho mais moderno ao sedã. Contudo, as referências ao Classe S, sedã mais sofisticado da marca, nos vincos laterais, caimento da traseira e nas lanternas, evidenciam a verdadeira identidade do C 180, com um apelo mais elegante.

Por dentro, o acabamento melhorou consideravelmente em relação à geração anterior. O plástico que reveste o painel é levemente maleável, transmistindo mais qualidade, tanto ao olhar quanto ao toque. As portas têm couro nos puxadores e uma peça bastante harmoniosa, que imita alumínio como decoração. O console central, em peça única, também de plástico (mas, neste caso, liso), completa o ambiente premium que a cabine proporciona. Somente o local no qual o monitor da central multimídia foi instalado e a solução para o comando do sistema multimídia destoam do capricho no interior.

Sob o capô, o motor 1.6 turbo de 156 cv e 25,5 mkgf de torque se esforça para passar emoção, mas seu desempenho é apenas razoável para o sedã. Pelos números, ele não desaponta, acelerando de 0 a 100 km/h em 9s25. Contudo, a calibração do câmbio 7G-Tronic Plus de 7 marchas proporciona um desempenho mais confortável do que empolgante ao Classe C 180. A sensação é parecida com a de um carro equipado com uma caixa CVT (continuamente variável).

Mesmo optando pelos modos de condução Sport ou Sport+, o comportamento do C 180 entrega uma esportividade moderada. O que surpreende, no entanto, é o trabalho mais direto da suspensão. Embora tenha contribuído para melhorar a dirigibilidade do carro, proporcionando mais conectividade com o motorista, às vezes percebe-se batidas secas ao trafegar sobre piso irregular ou mais acidentado.

De série, o C 180 vem bem equipado, apesar de a Mercedes ter feito uma economia difícil de entender nos ajustes dos bancos, que são elétricos, exceto para a distância. Sete airbags e controles de estabilidade e de tração são os destaques do modelo.

Se com o novo Classe C a Mercedes conseguirá renovar seu público-alvo, só o tempo dirá. Por ora, a certeza é a de que o consumidor fiel da marca ficará satisfeito com as evoluções do sedã.

Médica final técnica: 7,9

Média final de mercado: 7,0

Acompanhe, através da associação da versão abaixo, os números de teste do Mercedes-Benz C 180 Avantgarde

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