Um SUV de mais de cinco metros de comprimento chama um pouco de atenção na rua. Por isso, é preciso estar bastante atento ao andar pelos logradouros de São Paulo. Mas é tão incomum ver o Q7 por aí que ouvi o seguinte tipo de comentário: “olha aquele Cayenne”. Ele tem 5,08 m de comprimento, 1,98 de largura e 1,73 de altura. O entre-eixos é de 3 metros, igual ao do Jaguar XJ, o maior sedã da marca inglesa.
O Q7 na versão Ambiente, de entrada, carrega sete pessoas confortavelmente. Há espaço suficiente até mesmo para os dois ocupantes da última fileira de bancos: a altura para do assento até o teto é de 86 cm e há 18 cm para acomodar as pernas, bom para crianças ou adultos com menos de 1,80m. Rebatendo a última fileira o proprietário encontrará um porta-malas que suporta até 775 litros de bagagem.
Diferentemente de outros modelos da Audi, o sistema multimídia do Q7 é fixo e fica no centro do painel. Com rádio, conexão Bluetooth, recepção de sinal de TV e sistema de navegação, não há do que reclamar quanto à diversão. Exceto pela falta de telas no encosto dos bancos dianteiros, para entreter os passageiros. É fácil mexer no sistema, mas já passou da hora de a Audi adotar telas sensíveis ao toque.
O conforto impecável do banco do motorista e da cabine agradável, com o amplo teto-solar, fazem com que o motorista não perceba que está em um veículo tão grande. Outro item que colabora para essa sensação é o desempenho na pistas de testes, que não surpreendeu mas que mostra um belo trabalho na cidade. O Q7 demora pouco mais do que 5 segundos para chegar a 80 km/h, um bom desempenho para a cidade. Mas deixou a desejar quando mostrou que é 0s8 mais tento do que o que a Audi anuncia. Segundo a marca alemã o Q7 deveria acelerar de 0 a 100 km/h em apens 7s9, mas conosco ele atingiu a velocidade após 8s7.
Mas saiba que abastecer esse 3.0 V6 que tem a tarefa de carregar mais de 2.325 kg vai ser mais comum do que você imagina. O Q7 consegue fazer apenas 5,1 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada e só pode ser abastecido com gasolina. Isso significa que, com o tanque de 100 litros, só será possível percorrer 510 km na cidade. E que fique claro que é sem o ar-condicionado ligado. A média PECO não passou dos 9,7 km/l, o que dá autonomia para 970 km.
Ficha técnica
Velocidade máxima (km/h): 222
Motor disposição/número de válvulas: Diant., longitudinal / 24V
Cilindrada (cm³): 2.995
Potência (cv): 272 (G) 4 750 – 6 500 rpm
Torque (mkgf): 40,8 (G) 2 150 – 4 780 rpm
Câmbio: Automático, 8 marchas
Suspensão (dianteira/traseira): Independente / Independente
Peso vazio/cap. máx. de carga (kg): 2.325/655
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.): 12,0
Porta-malas (litros): 775
Tanque de combustível (litros): 100
Pneus (veículo testado): Goodyear Eagle F1 275/45 R20
Comprimento/largura/altura (mm): 5.086/1.983/1.697
Entre-eixos (mm): 3.002
Nossas medições
Aceleração
0-60 km/h (m): 3s8 (37,5)
0-80 km/h (m): 5s9 (77,7)
0-100 km/h (m): 8s7 (146,6)
0-120 km/h (m): 11s9 (244,7)
Retomadas
40-100 km/h em Drive: 6s8
60-120 km/h em Drive: 8s3
80-120 km/h em Drive: 7s6
Consumo cidade: 5,1 km/l (gasolina)
Consumo estrada: 10,4 km/l (gasolina)
Consumo médio (PECO): 7,4 km/l (gasolina)