A Audi levantou as cortinas de seu estande no Salão de Genebra, na Suíça, nesta terça-feira (1º,  e apresentou o inédito Q2, o mais novo SUV da marca, posicionado abaixo do Q3. Ostentando um visual, no mínimo, peculiar, sobretudo para o padrão a que estamos acostumados da marca, a novidade deverá chegar ao mercado europeu no segundo semestre do ano, com opções de motor que variam de 1.0 a 2.0, todos turbo.

Audi Q2 tem visual com padrão diferente dos outros "Q" da marca

Segundo a fabricante, o Q2 resume-se a um “veículo urbano para a recreação do dia a dia, unindo um design progressivo a um alto nível de funcionalidade”. Por “progressivo” a Audi quer exaltar os “músculos” do carro, e, certamente, a sua frente distinta dos outros modelos da marca.

A grade frontal, por exemplo, não segue o padrão visto nos outros “Q”, tampouco o faz o parachoque dianteiro, cujas entradas de ar são grandes (como nos irmãos maiores), mas com um formato diferenciado. A herança do restante do portfólio fica a cargo do conjunto óptico que engloba a função de neblina junto com os faróis. 

Traseira do Q2 tem design mais sóbrio que o restante do veículo

Nas laterais, o Q2 aproveita mais os vincos nas portas para caracterizar os tais “músculos” dos carro, enquanto a silhueta segue um estilo mais tradicional de SUVs. Atrás, as lanternas se destacam pela falta de ousadia.

Um desenho bastante simples e até antiquado (lembra o de carros do começo dos anos 2000) destoa da tentativa da marca de chegar a um resultado mais moderno no Q2. E, embora a fabricante garanta que haja boa visibilidade, a coluna C escurecida transmite uma sensação de que há menos área envidraçada do que o esperado em um veículo deste tipo. 

Silhueta do Q2 segue estilo mais tradicional de SUVs

Mercadologicamente, o Q2 se situa em uma faixa ainda pouco explorada de SUVs. Ele está entre onde ficaria o Taigun (aquele SUV baseado no up! que a Volkswagen queria fazer) e os modelos que conhecemos: Honda HR-V, Jeep Renegade e Ford Ecosport. Suas medidas são 4,19 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,51 m de altura.

Ou seja, é um pouco menor que um Peugeot 2008, mas tem uma distância entre-eixos interessante, de 2,60 m (maior que a de um Ecosport). No segmento premium no Brasil, por exemplo, ele ficaria bem abaixo de um Mercedes-Benz GLA, cujo comprimento é de 4,41 m. Um dos trunfos dele será a capacidade volumétrica do porta-malas, de 405 litros. 

Ainda não há previsão de quando a novidade chegará ao Brasil

Sob o capô, a Audi vai oferecer uma extensa gama de motores (três a gasolina e três a diesel), que variam deslocamentos entre 1.0, 1.4, 1.6 e 2.0, todas sobrealimentadas. A opção de entrada terá o mesmo motor tricilíndrico usado no up!, porém calibrado para render 115 cv, enquanto a mais potente gera 190 cv.

As transmissões podem ser de seis marchas manual ou sete velocidades de dupla embreagem (S-Tronic). As versões 2.0 top de linha também podem ser equipadas com a tração integral Quattro.

Interior do Q2 tem acabamento e estilo igual ao do restante do portfólio da marca

Quantos aos equipamentos, a Audi promete rechear o veículo com uma série de recursos eletrônicos para segurança e condução semi-autônoma. Eis a lista: controle de cruzeiro adaptativo com função stop&go, assistente de tráfego (permite seguir o carro da frente até determinada velocidade), alerta e assistente de manutenção e mudança de faixa, alerta de tráfego cruzado atrás e na frente (com função de freio de emergência), alerta de ponto cego, leitor de placas de trânsito e assistente de estacionamento autônomo para vagas perpendiculares e laterais. 

Em relação as tecnologias dentro da cabine, o Q2 pode ser equipado opcionalmente com o painel digital da Audi (virtual cockpit) que já está se popularizando no portfólio da marca. A central multimídia continua sendo a MMI, que permite conectividade com smartphones, por meio de um software próprio da marca, e possibilidade a criação de um ambiente Wi-fi no carro (usando a conexão 4G do celular do usuário).

Ainda não há data para que o Q2 venha ao Brasil, mas na Europa as vendas devem começar na metade do segundo semestre do ano.

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