McLaren GT é o superesportivo feito para dirigir por horas e horas com o conforto de um sedã de luxo
Carros com DNA de competição, via de regra, não são automóveis ideais para longas viagens. Suspensão de pouco curso, pedal de freio duro e direções firmes demais cansam qualquer motorista depois de algumas horas de percurso. O contraponto a isso está nos esportivos chamados de “grã-turismo”, ou simplesmente GT – uma sigla que resume o encontro do desempenho esportivo com o conforto de um sedã de luxo.
O McLaren GT vem para mudar o conceito desse tipo de carro. A princípio, os requisitos básicos foram seguidos: a fabricante afirma que frenagem, direção em velocidades mais baixas, altura e distância em relação ao solo foram acertados para no uso cotidiano em percurso urbano – suspensão, direção e freios são feitos sob medida para o carro. Multimídia e sistema de áudio (assinatura Bowers & Wilkins) são de primeira linha e há duas opções de couro para o acabamento. Mas a tecnologia embarcada vai além.
Para começar, seu peso máximo: graças à estrutura com núcleo de compósito de fibra de carbono, pesa apenas 1.530 kg distribuídos em aproximadamente 4,7 metros de comprimento. Apesar dos balanços dianteiro e traseiro serem consideravelmente longos, o ângulo de entrada é de 10 graus e o vão livre, de 110 mm (ou 13 graus e 130 mm com o sistema de elevação do chassi acionado), o que aproxima o McLaren GT de um sedã convencional.
Visando refino de rodagem, os coxins possuem metade da rigidez dos usados no McLaren 600LT com foco em pista, ajudam a minimizar o ruído transmitido pela estrutura, enquanto sons de baixa frequência emitidos pela estrutura de fibra de carbono são reduzidos da mesma maneira como acontece no McLaren Senna, explica a fabricante.
“Porta-malas” de sedã
Depois, há sua capacidade de bagagem. Possui dois compartimentos – um à frente do veículo e outro sobre o trem de força, graças à baixa altura do motor e o posicionamento do sistema de escape, que permitiram espaço amplo ao compartimento de bagagem, que sozinho tem 420 litros. A capacidade somada é de 570 litros, número impressionante para um carro de motor central e acima da maioria dos sedãs do mercado.
O novo sistema de suspensão com controle proativo de amortecimento usa o mesmo algoritmo do software desenvolvido para o 720S. Sensores identificam as condições do piso para que o sistema interprete e reaja de maneira preditiva em dois milissegundos. A reação pode variar de acordo com cada modo de direção (“Comfort”, “Sport” e “Track”). Já a direção eletro-hidráulica usa um único “mapa” de software para os três modos.
Pneus e freios também são sob medida ao McLaren GT. A Pirelli criou uma especificação de seu pneu P Zero para vestir as rodas traseiras de liga leve de 21 polegadas, as maiores já colocadas em um McLaren. Na frente, elas têm 20 polegadas.
Não pense, contudo, que este é um McLaren amansado. Com o novo motor 4.0 V-8 biturbo de 620 cv, sua relação peso-potência é de excelentes 2,46 kg/cv. Com essa proporção, não é de se admirar que o novo modelo da fabricante de Woking (Inglaterra) acelere de zero a 100 km/h em meros 3s2, de zero a 200 km/h em 9s e atinja velocidade máxima de 326 km/h.
O motor M840TE é novo e até o som de seu escapamento foi calculado sob medida para o McLaren GT. Mais de 95% do torque de 64,2 kgfm está disponível entre 3.000 e 7.250 rpm, sendo que o pico se encontra entre 5.500 rpm e 6.500 rpm. O câmbio é sequencial de 7 marchas. Com consumo médio declarado de 9,2 km/l de gasolina (europeia) e 72 litros de capacidade no tanque, este GT não só vai rápido como também vai longe. Mais GT que isso, impossível.
sonho que nunca bou realizar ter uma maquina dessa parabéns pela reportagem