Opção THP com câmbio automático só em novembro. Confira nosso teste na versão Griffe 1.6 AT

Presente no Brasil desde 2015, O Peugeot 2008 passou por seu primeiro facelifit, com mudanças visuais e mecânicas, e preços que vão de R$ 69.990 até R$ 99.990. O SUV de entrada da marca francesa é produzido em Porto Real (RJ). As versões aspiradas: Allure, Allure Pack e Griffe continuam com o mesmo motor 1.6 AT de até 118 cv a 5.750 rpm e 16,1 kgfm a 4.750 rpm. Já a versão Griffe com motor turbo, 1.6 THP, que entrega até 173 cv potência e 24,5 kgfm de torque, e a novidade fica por conta da chegada do câmbio automático na versão, que era oferecida apenas com a opção, porém, sua chegada será só em novembro, por ainda estar em fase testes.

No Brasil desde 1992, a marca do Grupo PSA viveu altos e baixos, chegando a representar uma fatia de mais de 3% no mercado, com quase 80 mil emplacamentos em 2008. Dez anos depois, fechou o ano de 2018 representando apenas 0,96% da marca no mercado, com apenas 23.674 vendas. Deste total, o modelo mais vendido foi o 2008, com 9.745 unidades. Entre os SUVs, foi apenas o 12°do ranking geral, um mero coadjuvante, mas um coadjuvante de personalidade. Visando aumentar ainda mais as vendas, a Peugeot lançou o facelifit no Brasil com dois anos de atraso em relação ao europeu e com o slogan de “Símbolo da nova Peugeot”.

Testamos a versão Griffe 1.6, com câmbio automático de 6 marchas

As mudanças estéticas foram sutis, e a principal foi na dianteira. A grade é nova e agora tem contorno em preto piano e elementos tridimensionais. O emblema do leão está posicionado no meio da grade, não mais no capô. O para-choque também sofreu leve alteração no visual e foi inspirado nas ‘’garras do leão’’, como a marca fez questão de ressaltar. Os faróis afilados, com DRL em LED e refletores com lente semielíticas, são de série. A traseira mantém sua identidade.

A lista de equipamentos de série da versão Griffe é boa, tendo como destaque direção eletroassistida, quatro airbags – os dois frontais obrigatórios e mais dois laterais –, revestimentos em couro no painel, bancos com mistura de tecido e couro, ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia com tela de 7 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay, volante revestido em couro, câmera de ré, teto de vidro panorâmico, sensor de chuva e rodas de liga-leve de 16 polegadas com pneus 205/60R16.

As medidas são iguais, com comprimento de 4.159, largura de 1.739 mm, altura de 1.583 mm, distância entre-eixos de 2.542 mm e porta–malas de 355 litros.

Na pista

Em termos de desempenho o 2008 não é dos mais empolgantes, o facelifit não acrescentou nada em potência, continuando com os mesmos 118 cv a 5.750 rpm e 16,1 kgfm a 4.750 rpm, com etanol no tanque. Em compensação, o conforto do crossover é algo destacável.

O i-Cockpit entrega uma boa posição de dirigir e ótima visibilidade, o teto panorâmico aumenta a sensação, tirando um pouco a impressão de estar dentro de um hatch. O quadro de instrumentos tem posição elevada e de fácil leitura. O volante achatado de dimensões compactas – 350 mm de largura e 330 mm de altura –, com regulagem de altura e profundidade, pode parecer estranho à primeira vista e mais estranho ainda em um primeiro contato, mas entrega um conforto e uma agilidade incrível, entregando esportividade onde não tem. Isso é um elogio. 

A suspensão mantém o mesmo conjunto: McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, porém, foi elevada, deixando 200 mm de vão livre no ente-eixos e aumentando o ângulo de entrada para 23° – ante 22° -, contribuindo para maior desenvoltura, principalmente em situações como passagem por lombadas, valetas e em estradas de terra.

Em nosso teste, a aceleração de 0 a 100 km/h ocorreu em 13s1, número inferior a rivais da mesma faixa de preço que passaram por nossas medições, como o Honda WR-V EXL 1.5 (116 cv) que faz a marca em 11s3, e o Ford EcoSport Freestyle 1.5 (137 cv) que fez em 11s7.

Em relação a consumo, o 2008 registrou 6,7 km/l e 11,2 km/l, em percurso urbano e rodoviário, respectivamente, com etanol.

O crossover francês leva desvantagem em todos os dados de aceleração, retomadas e frenagens, em relação aos dois. Mas a proposta do 2008 não é desempenho e emoção, mas sim conforto, boa dirigibilidade e beleza, e isso não falta ao modelo, que atualmente ele é vendido por R$ 88.990.

Tabela de preços da linha 2020:

Peugeot 2008 Allure 1.6 AT6 – R$ 69.990

Peugeot 2008 Allure Pack 1.6 AT6 – R$ 79.990

 Peugeot 2008 Griffe 1.6 AT6 – R$ 89.990

Peugeot 2008 Griffe 1.6 THP AT6 JBL – R$ 99.990

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