Em sete anos de produção no Brasil, Fiat Tempra marcou a história entre os sedãs da fabricante de origem italiana

Texto: Gustavo de Sá
Foto: Rafael Guimarães

Lançado na Europa em janeiro de 1990, em substituição ao Fiat Regata, o Tempra era derivado do hatch Fiat Tipo e ficou conhecido na Itália como “Tipo tré”, ou seja, Tipo três volumes. Suas características eram a de um sedã médio com linhas essencialmente retas, traseira curta e tampa do porta-malas alta.

No Brasil, o Tempra foi lançado em 1991 com diferenças estéticas em relação ao europeu. Por aqui, eram exclusivos os retrovisores fi xos, maiores e com duas hastes de fixação, além das ausências de repetidoras de setas laterais e do limpador do vidro traseiro (que eram obrigatórios na Europa devido a nevascas).

Outras mudanças visuais eram a grade frontal, a iluminação das lanternas traseiras e o espaço de alojamento da placa de identificação. Com 4,35 m de comprimento, 1,69 m de largura, 1,45 m de altura e 2,54 m de distância entre-eixos, o porte do Tempra era muito similar ao do mais recente Fiat Cronos.

O modelo estreou com um motor 2.0 8V de 99 cv de potência e 16,4 kgfm de torque e câmbio manual de cinco marchas, que não se destacava em desempenho frente aos concorrentes Chevrolet Monza, Ford Versailles e Volkswagen Santana. As joias da linha, entretanto, foram o 2.0 16V de 127 cv e 18,1 kgfm, que estreou em 1993, e o 2.0 turbo, com 165 cv e 26,5 kgfm, no ano seguinte.

Um quarto de século O modelo das fotos é um exemplar da série Ouro, ano 1993, com mais de 113.000 km no hodômetro. O proprietário é o bancário Marcos Antonio Caputo, 64 anos. “Tenho essa unidade há cerca de três anos e gosto da manutenção descomplicada, que nunca deu dor de cabeça. Já é o meu quinto Tempra. O que mais aprecio nele, além do design e desempenho, é o espaço. Parece a sala da minha casa!”, conta Caputo. Mesmo após 25 anos de produção, o sedã continua com rodar suave e suspensão macia.

A ausência de barulhos de acabamento mostra cuidado com a qualidade e encaixe das peças à época da produção. No interior, chama a atenção a qualidade e integridade do revestimento em veludo dos bancos com generoso apoio lateral. Os dianteiros contam com regulagens elétricas, além de ajuste manual do apoio lombar – todos funcionando como em um zero-quilômetro.

Completam a lista de itens de comodidade direção com assistência hidráulica, ar-condicionado, retrovisores e vidros elétricos nas quatro portas. O quadro de instrumentos traz velocímetro na esquerda e conta-giros à direita, como é tradicional entre os Fiat. O banco traseiro conta com apoio de braço integrado e ótimo espaço para o ocupante central, graças ao túnel baixo. Na comparação das medidas internas, o espaço é muito semelhante ao do recém-lançado Cronos.

 

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