O verão está aí e é sempre bom lembrar que este é o período do ano em que mais chove, o muitas vezes resulta em vias alagadas. Pensando nisso, o CESVI Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) preparou uma série de recomendações importantes para os motoristas com o objetivo de evitar danos aos veículos em situações desse tipo. Confira abaixo: 

Saber o que fazer em vias alagadas evita problemas ainda maiores

1 – Se o motor do carro morrer durante a travessia jamais tente dar a partida! Mantenha-o desligado e remova o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de admissão de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico.

2 – Observe a altura do nível de água do trecho alagado. A maioria das montadoras estabelece uma altura máxima para essas travessias, que não pode exceder o centro da roda.

3 – Dirija o veículo em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante ao motor, em torno de 2.500 rm. Isso diminui a variação do nível da água e seu respingar junto ao motor, dificultando sua admissão indevida e a contaminação de componentes eletroeletrônicos, melhorando a aderência e a dirigibilidade do veículo.

4 – Automóveis equipados com transmissão automática devem ser colocados na posição “1” (primeira marcha constante), de trocas manuais. Assim, o automóvel não desenvolverá tanta velocidade, sendo possível imprimir uma rotação maior ao motor.

5 – Se o veículo for automático e tiver as opções “Winter” ou “Snow” para ajuste de tração, utilize esses recursos. Embora a função desses dispositivos seja a de conferir maior segurança durante trechos de baixa aderência, como neve ou lama, evitando que o veículo patine, esses recursos também devem ser utilizados durante alagamentos, pois beneficia o controle da velocidade do veículo e da rotação do motor. 

6 – Mantenha a calma caso sejam constatados sintomas como: aumento de esforço ao esterçar (direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento da tração 4 x 4 (veículos diesel). Todos esses sintomas, provavelmente, são causados pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas polias da bomba da direção hidráulica, alternador e bomba de vácuo (veículo diesel), sendo, na maioria das vezes, um fato passageiro que não impede a dirigibilidade. Apenas reforce a cautela e mantenha o menor número possível de equipamentos ligados.

7 – Desligue o ar condicionado! Essa prática impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor, reduzindo o risco de calço hidráulico. Veículos rebaixados e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de sofrer calço hidráulico; por isso, é aconselhável manter a originalidade da montadora. Se o veículo estiver nessas condições, redobre a atenção aos procedimentos sugeridos.

8 – Faça um check-up preventivo caso tenha feito a travessia de um grande alagamento. Assim você corrige possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica que, muitas vezes simples e imperceptíveis nessa fase, como maus contatos, podem gerar grandes transtornos posteriormente.

9 – Após passar por um alagamento, dirija-se diretamente para uma oficina! Pode haver, entre outros, a contaminação do cânister, do óleo da transmissão, do(s) eixo(s) diferencial(is), no caso de veículos com tração traseira ou mesmo quatro por quatro, o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos, além de riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios. Por isso, ir até uma oficina solicitar a avaliação desses itens é a melhor alternativa.

10 – Faça uma limpeza no sistema de ventilação! Após travessias consecutivas de alagamentos, você estará sujeito à contaminação por fungos, micro-organismos e bactérias. Por essa razão é recomendável realizar uma limpeza de todo o sistema para uma utilização segura.

Confira aqui na Carro Online Índices de danos de enchente.

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