Desempenho da indústria automotiva preocupa Anfavea

 

Em clima de absoluta preocupação com o cenário econômico do Brasil, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os números de desempenho da indústria no primeiro bimestre. O presidente Luiz Moan, que sempre manteve um tom otimista em suas explanações, dessa vez não disfarçou o temor do momento vivido pelo setor. “Recuamos a patamares de 2006”, afirma Moan, dando uma ideia da retração nas vendas de automóveis novos no país.

No primeiro bimestre do ano, houve uma queda de 23,1% nas vendas de veículos novos (nacionais e importados) em relação ao mesmo período de 2014. Foram 439.747 unidades contra 4571.946. Na comparação apenas de fevereiro de 2015 e 2014, o recuo foi ainda maior, 28,3%. Em números: 185.944 carros ante 259.328. Quando confrontado com janeiro deste ano, a perda chegou a 26,7%.

Ao menos a exportação de veículos registrou uma melhora de 9,2% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2014. No entanto, no acumuldo do bimestre (47.568 carros), a queda foi de 7,2% na comparação dos dois primeiros meses do ano passado (51.239).

Seminovos e usados

A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenaulto) também divulgou os dados de fevereiro. Depois de registrar crescimento de 7,2% nas vendas do ano passado, o setor apresentou o que a entidade definiu como “acomodação” nos negócios. 

Para o presidente Ilídio dos Santos, “trata-se de um resultado natural, por conta dos Carnaval que reduziu os dias úteis do mês. Em comparação a fevereiro de 2014, a queda foi de 10%. Como normalmente as vendas em nosso segmento se estabilizam a partir de março, acreditamos em um bom movimento nos próximos meses”, afirma. No segundo mês do ano, foram vendidas 926.678 unidades de seminovos e usados, contra 1.029.932 em fevereiro de 2014.

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