Identificar o momento certo de trocar os limpadores de para-brisa é essencial para manter a visibilidade e, portanto, a segurança

Ficar sem nenhuma visibilidade à frente é uma das piores sensações que se pode ter ao volante. E uma das condições essenciais para que isso não ocorra é o bom funcionamento do limpador de para-brisa, item que deve ser checado periodicamente. As constantes mudanças de temperatura interferem na eficiência das palhetas, já que elas estão sempre em exposição.

O tempo seco e a maior incidência de raios UV afetam a composição da borracha e diminuem a vida útil do componente. Outra situação que impacta na durabilidade do produto é usar o limpador para remover insetos e outros pequenos detritos do para-brisa – o ideal é retirá-los com o carro parado e usar uma esponja com água e sabão neutro.

Geralmente, os motoristas lembram-se de cuidar dos limpadores quando precisam utilizá-los sob chuva e não estão em boas condições. O ideal, entretanto, é que eles sejam verificados a cada revisão programada – em boa parte da frota circulante de carros novos, elas estão previstas para cada 12 meses ou 10 mil quilômetros de uso, em média.

Ao trocar as palhetas, é necessário também verificar a condição do motor do limpador e se o esguichador está desobstruído e corretamente posicionado. Além deles, veja se o braço do limpador está íntegro e sem danos. Para a limpeza das lâminas de borracha, os fabricantes recomendam uso de pano limpo umedecido e água, somente. Querosene ou outros produtos químicos atacam a borracha e diminuem sua durabilidade. 

Muita gente mistura detergente na água do limpador, o que é errado. A química contida no detergente também pode danificar a borracha da palheta, fazendo com que o tempo de vida útil delas seja menor. Também ajuda a preservar o conjunto verificar se não há resíduo de poeira ou terra na palheta ao acionar o limpador de para-brisa. Essa sujeira pode riscar o vidro e danificar a borracha da palheta. Outras formas de identificar se está na hora de trocá-las é, durante o processo de limpeza, verificar se existe a formação de névoa, trepidação, ruído ou a formação de faixas no para-brisa. Se algum desses sintomas aparecer, é um forte indício de que as palhetas devem ser trocadas.

Também devem ser checadas as canaletas dos vidros laterais, para garantir abertura e fechamento adequados. Na hora de comprar a peça de reposição, o consumidor deve ficar atento a alguns detalhes. Geralmente, as embalagens trazem escalas de medida, em milímetros, para que o cliente possa verificar o exato comprimento da palheta instalada no veículo.

No mercado de reposição, há quatro tipos principais de
encaixe dos limpadores de para-brisa

A aplicação das palhetas depende do tipo de encaixe do braço do limpador. São quatro os principais encaixes e muitas das palhetas disponíveis no mercado possuem adaptadores para facilitar a aplicação. Caso o veículo possua limpador traseiro, não se esqueça de também trocá-lo quando fizer a substituição dos frontais, afinal, a peça também esteve sujeita às mesmas intempéries e incidência do sol.

Atenção com as películas

O motorista também deve atentar-se ao uso de películas escuras nos vidros. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o para-brisa incolor deve manter, no mínimo, 75% de transparência; o colorido, 70%. Para os demais vidros, inclusive o traseiro, esse percentual é de 28%. O uso de películas que estejam fora das especificações é infração grave (5 pontos na carteira de habilitação), com multa de R$ 195,23 e retenção do veículo para regularização.

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