Conversível mais rápido já produzido pela Aston Martin, DBS Superleggera Volante vai de zero a 100 km/h antes de você conseguir ler o nome dele

James Bond geralmente não costuma optar por conversíveis da Aston Martin em suas mis­sões nas produções cinematográficas da fran­quia 007. Seja qual for o motivo, talvez chegou a hora de ele rever sua opinião. Afinal, o novís­simo DBS Superleggera Volante chega com o título de modelo com teto retrátil mais rápido já produzi­do pela fabricante britânica.

A marca reforçou o chassi a fim de compensar a ausência do teto fixo, o que garantiu ao conver­sível 300 kg extras em relação ao cupê do qual de­riva. A aerodinâmica também foi retrabalhada a fim de manter a estabilidade no mesmo patamar, com novos para-choques, saídas de ar laterais e difusor traseiro. Segundo a fábrica, o conversível pode ge­rar 177 quilograma-força (kgf) de força verticalmen­te descendente (downforce) na velocidade máxima, apenas 3 kg a menos que o modelo fechado.

O DBS Superleggera Volante traz um 5.2 V12 biturbo capaz de gerar impressionantes 725 cv de potência a 6.500 rpm e 91,7 kgfm de torque en­tregues já a partir de 1.800 rpm. A força é transmi­tida às rodas (com pneus de medidas 265/35R21 na dianteira e 305/30R21, na traseira) por um câmbio automático de oito marchas fornecido pe­la ZF – a tração é somente traseira.

Segundo a fábrica, a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 3s6, apenas 0s2 mais lenta que a configuração cupê. O conversível pode alcançar os 160 km/h em apenas 6s7. Para efeito de com­paração, o Audi R8 Coupé V10 Plus– nosso recor­dista em aceleração no campo de provas de Li­meira (SP) – fez a mesma prova em 7s1. Ainda de acordo com a Aston Martin, o DBS pode chegar a 340 km/h de máxima.

Padrão britânico

Na cabine, como manda a tradição da fábrica bri­tânica, não houve economia na escolha dos ma­teriais. Há vasta aplicação de couro e compósito de fibra de carbono em toda a superfície do pai­nel, inclusive na cobertura do quadro de instru­mentos. Os bancos do tipo concha trazem costu­ras na cor bronze e diferentes texturas em couro, além do nome DBS bordado no encosto.

O volante, de inusitado formato, reúne poucos botões. Um deles permite ajustar o nível da carga dos amortecedores. Por falar em teclas, o acio­namento eletrônico do câmbio (posições P, R, N e D) é feito por quatro delas no painel, logo abai­xo das saídas de ventilação. Entre elas, fica o bo­tão de partida do motor. A central multimídia pos­sui tela de 8 polegadas e conta com navegação integrada, além de sistema de câmeras 360º para manobras de estacionamento.

A capota retrátil pode ser fechada em 16 se­gundos e aberta em 14. É possível realizar a ope­ração de dentro do carro ou pelo lado externo, por meio da chave. A Aston Martin garante que realizou testes com mais de 100 mil ciclos de atuação do equipamento no período de um mês, a fim de simular mais de 10 anos de uso normal.

O tecido que forma a capota retrátil pos­sui oito camadas de materiais de isolamen­to acústico e térmico para garantir o conforto dos ocupantes em qualquer estação do ano. Caso necessitem, motorista e passageiro po­dem acionar aquecimento ou ventilação dos bancos. Assim como o cupê, o Volante é um tí­pico 2 + 2, onde o espaço para ocupantes na traseira é exíguo.

O DBS Superleggera Volante pode ser enco­mendado no Reino Unido por 247.500 libras es­terlinas, o equivalente a aproximados 1.277.000 reais. A entrega das primeiras unidades aos afor­tunados proprietários está prevista para o terceiro trimestre deste ano. Obviamente, se James Bond decidir encomendar um, a adaptação de seus fa­mosos dispositivos secretos certamente irá re­querer mais alguns meses de espera…

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