Governo recua e não vai alterar o cronograma de implantação do ABS e airbag

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no início da noite desta terça-feira (17) que a obrigatoriedade do airbag e ABS para todos os veículos vendidos no Brasil está mantida para 2014. O governo criou recentemente uma polêmica sobre o assunto ao assumir a possibilidade de postergar a medida.

A decisão foi anunciada após uma reunião de duas horas entre Mantega, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), metalúrgicos e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Segundo os sindicalistas, a obrigatoriedade do airbag e ABS pode resultar na perda de 10.000 a 15.000 empregos por extinção da linha de montagem de alguns modelos, como o Fiat Mille e a VW Kombi.

O governo estudará a criação de um “perdão” para a Kombi e demais modelos sem concorrência no mercado nacional. “A Kombi não é caminhonete, não é automóvel. Não é veículo. É um produto diferente, sem similar”, detalhou o ministro da Fazenda.

A Fiat, em contrapartida, pediu o mesmo para o Mille, mas as demais montadoras não concordaram por haver modelos concorrentes com airbag e ABS produzidos no Brasil.

Mantega também anunciou que será criado um grupo de estudo entre representantes das fabricantes e membros do governo para analisar a possibilidade de manter alguns postos de trabalho. O ministro também pediu um compromisso das empresas para mudar os empregados de setor e evitar o máximo possível de demissões.

As informações são da Agência Brasil.

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