O Fiat Argo nasceu com uma clara missão: ajudar a montadora com sede em Betim (MG) a ampliar sua participação no mercado e voltar a ser líder no Brasil. A versão Drive 1.0 tem papel essencial nessa tarefa: a fabricante estima que 35% das unidades emplacadas do estreante sejam dessa configuração.

A versão de entrada custa R$ 46.800 e é bem equipada de série, com direção elétrica, ar-condicionado, sistema start/stop, computador de bordo com tela de alta resolução no painel de instrumentos, banco do motorista com ajuste de altura, fixação Isofix para cadeirinhas infantis e travas e vidros dianteiros elétricos.

Os principais rivais do Argo Drive 1.0 são o Chevrolet Onix LT 1.0 (R$ 47.950) e Hyundai HB20 Comfort Plus 1.0 (R$ 45.830). Em relação aos concorrentes, o estreante fica devendo sistema de som (de série no compacto da fabricante sul-coreana) ou central multimídia (que equipa a versão LT do líder de mercado).

No Fiat, a central multimídia Uconnect com tela sensível ao toque de 7 polegadas pode ser comprada à parte, por R$ 1.990. Também é possível optar pelo sistema de som Connect (sem tela tátil), por R$ 1.300.

Ao volante

A versão de entrada traz o motor Firefly 1.0 de três cilindros, que rende 77/72 cv de potência e 10,9/10,4 kgfm de torque (etanol e gasolina, respectivamente). A transmissão é manual cinco marchas – não há previsão de oferta do câmbio automatizado GSR para o Argo 1.0.

Com 80% do torque máximo disponível a 2.500 rpm, o Argo 1.0 é ágil no uso urbano e passa a impressão de que há um motor de maior cilindrada sob o capô. Abastecido com etanol, o compacto desenvolve velocidade com vigor mesmo sem pressionar o pedal do acelerador até o fim do curso.

A direção elétrica é extremamente leve em manobras e ganha firmeza com o aumento da velocidade. Precisos, os engates do câmbio estão um degrau acima em relação aos outros modelos compactos da fabricante de origem italiana.

A suspensão é mais firme na comparação com os irmãos Mobi, Uno e Palio. Ainda sim, cumpre bem o papel de absorver os impactos e manter o conforto dos ocupantes na cabine.

Um dos diferenciais do Argo em relação os concorrentes, o sistema start/stop tem funcionamento discreto e contribui para o bom consumo de combustível na cidade. Outro fator que ajuda na eficiência da versão Drive é o peso: são 138 quilos a menos na comparação com o HGT 1.8 manual (1.105 contra 1.243 kg).

Segundo dados do Inmetro, com gasolina, o compacto roda até 14,2 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada. Abastecido com etanol, são 9,9 km/l em ambiente urbano e 10,7 km/l em rodovias.

O Argo Drive 1.0 cumpre não somente a função de tornar o preço inicial da gama mais baixo (e atrativo) para chamar a atenção. Ele traz bom nível de equipamentos e desempenho e consumo adequados para a proposta para fazer potenciais clientes de HB20 e Onix 1.0 olharem com carinho para o mais novo compacto da Fiat.

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