O Golf foi um carro desejado desde que começou a ser importado para o Brasil, em 1994. A ponto de a Volks passar a produzir o modelo no Brasil, em 1999, na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Uma história de muitas idas e vindas, pois a produção nacional acabou sendo encerrada e o Golf voltou a ser importado da Alemanha, bem mais caro. E posteriormente, em versão mais simplificada, foi trazido do México.

No final do ano passado, a Volks retomou a produção nacional, com a versão 1.6, mas isso não foi suficiente para reconquistar o coração dos fãs do modelo. As vendas continuaram fracas.

O Golf 1.0 ao lado de caminhões no Best Trucks
Mas um novo capítulo se iniciou há pouco tempo, com o lançamento do Golf 1.0, com o premiado motor TSI (turbo, o mesmo do up!). O carro ficou bem mais “esperto” com seus 125 cv de potência. Além disso, o consumo também melhorou, com uma média de 11,1 km/litro quando abastecido com etanol.

Rodei com o Golf na cidade por vários dias. Mesmo com câmbio manual (de seis marchas) achei fácil dirigir, pois o pedal de embreagem é bem leve. Claro que seria melhor ter um câmbio automático, mas parece que isso não virá tão cedo. Na estrada, o motor TSI também se saiu bem. Não tive problemas para ultrapassar ou retomar.

Por sinal, o Golf foi um dos meus companheiros no Salão do Automóvel, me levando e trazendo durante parte dos 11 dias de evento. Também foi um bravo assistente quando precisei transportar os troféus para a nossa cerimônia do Best Trucks (que premiou os melhores caminhões, peças e transportadoras de 2016). Foi nesse evento que fiz a minha foto com o Golf entre seus dois irmãos mais velhos, os caminhões da Volkswagen e da Man. Também gravei o vídeo com Rodrigo Ribeiro, nosso editor da revista CARRO, que levou o modelo para teste de pista.

VALE QUANTO CUSTA?
A questão que gostaria de passar para vocês é outra: por que o Golf custa tão caro? Quando fui checar o preço dessa versão Comfortline, descobri que custava R$ 89.039. O carro base fica em R$ 74.990, com equipamentos de série importantes, como sete airbags, sensores de estacionamento, sistema de infotainment com Bluetooth. Apenas abrindo uma pausa, como curiosidade, a Volks coloca como equipamentos de série o motor TSI e o câmbio manual de seis marchas. Ninguém imagina que motor e câmbio possam ser opcionais!

Isabel Reis e Rodrigo Ribeiro comentam sobre o Golf:

Indo agora para os opcionais de verdade, o teto solar custa mais R$ 4.500. Com o pacote Exclusive que equipava a “minha” versão, de mais R$ 9.549, chegamos então aos R$ 89.039 mencionados acima. O pacote é interessante, com recursos como controle de velocidade com piloto automático, espelho retrovisor interno antiofuscante, rodas de liga leve aro 17″ e um sistema digital de conectividade mais sofisticado, entre os principais.

Definitivamente, não existe mais carro barato. Entretanto, achei o preço elevado, pois é um motor 1.0, por melhor que ele seja. Tem carro com motor 2.0 com preço semelhante. Esse custo elevado pode atrapalhar as vendas do Golf 1.0, encobrindo as suas virtudes. Até porque a concorrência está cruel!

Também fui checar a questão do seguro, pois a Volkswagen tem um histórico de modelos com seguro elevado. Pedi uma cotação para a Serpe Seguradora, de acordo com o meu perfil, pela Porto Seguro. Nesse caso, ponto positivo para o Golf, pois o valor anual sairia por R$ 3.519, com direito a todo tipo de cobertura.

Em resumo, vamos ver se a força da tecnologia e do marketing do motor TSI vai empurrar o Golf ladeira acima no mercado, pois ele estava em uma posição complicada no ranking dos carros mais vendidos.

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