Levantamento do Detran.SP aponta menor procura por jovens entre 18 e 30 anos em obter a CNH, enquanto número de habilitações entre idosos tem alta
Um levantamento divulgado neste mês pelo Detran.SP mostra que o sonho dos jovens em tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) assim que completam 18 anos vem caindo. O interesse de jovens entre 18 e 30 anos em obter a habilitação sofreu uma queda de 10,5% no Estado, indo de 4.872 milhões de pessoas nessa faixa etária em 2015 para 4.356 milhões no mesmo período deste ano.
“Fatores culturais e econômicos influenciam o perfil dos motoristas com o passar dos anos. Hoje temos uma geração que se preocupa mais com a questão ambiental e a facilidade oferecida pelos aplicativos de transporte. Os jovens hoje têm outras expectativas. Essa discussão sobre mudanças dos modais é mundial”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.
Entre os motivos estão, claro, a pandemia de Covid-19 nos últimos meses e a menor necessidade de se locomover, mas também questões como a maior adesão ao uso de aplicativos, transporte coletivo ou mesmo outros métodos como a bicicleta. Vale citar ainda os custos para comprar e manter um carro, que impactam diretamente nesses índices.
Por outro lado, entre os idosos, o número de CNHs registradas vem crescendo no Estado de São Paulo. O volume de documentos de motoristas com idades acima dos 60 anos teve um crescimento de 45%, saltando de 2.393 milhões para 3.474 milhões. Já na cidade de São Paulo, a alta foi de 33% entre junho de 2015 e o mesmo período deste ano, indo de 742.575 para 988.195.
Vale lembrar que, de acordo com as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), não há limite máximo de idade para que uma pessoa dirija. Porém, motoristas com idade entre 50 e 69 anos devem renovar o documento a cada cinco anos; e a cada três anos para os motoristas com idade igual ou superior a 70 anos ou em período menor, de acordo com a avaliação médica. Hoje, o prazo de renovação da CNH para pessoas com idade inferior a 50 anos é de 10 anos.
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Foto: Divulgação
A questão sempre foi mais a de ser uma imposição, uma tradição ou busca por status, do que necessidade individual. Fora a péssima qualidade de instrutores (sem paciência e sem didática) e o fato de muitas escolas e órgãos se beneficiarem da reprovação dos alunos. Ninguém é trouxa pra sempre.