Híbrido e com 7 lugares, utilitário esportivo maior que o RAV4 é opção mais refinada ao SW4; projeto de SUV compacto nacional está congelado
A Toyota não quer limitar a oferta de SUVs no Brasil ao recém-lançado Corolla Cross, SW4 e RAV4. De olho no segmento que mais cresce no mundo, a marca poderá ter um quarto integrante no País em breve. Ainda não será o esperado SUV compacto nacional, que teve o projeto congelado pela marca. Em vez dele, a Toyota deverá apostar em um novo modelo importado. Com exclusividade, apuramos que o escolhido é o Highlander, SUV híbrido de 7 lugares, que poderá chegar em 2022.
De acordo com fontes ligadas à fabricante consultadas pela CARRO, a chegada do Toyota Highlander ao Brasil terá como objetivo conquistar clientes de SW4 que buscam trocar o modelo por outro SUV de 7 lugares, mas com motorização híbrida e dirigibilidade mais próxima de automóvel – enquanto o SW4 possui estrutura do tipo carroceria sobre chassi (como a Hilux), o Highlander é um SUV de arquitetura monobloco (como RAV4 e Corolla Cross).
Atualmente, a única alternativa com estas características dentro do “guarda-chuva” da Toyota é o Lexus RX, com preço inicial de R$ 445.990. Para o Highlander, a Toyota trabalha com o planejamento de comercialização em versão única, chamada de HLE, para ocupar a lacuna de preços entre RAV4 SX e SW4 SRX (entre R$ 267 mil e R$ 331 mil). “A faixa dos R$ 300 mil ainda é inexplorada pela Toyota e por outros concorrentes diretos nesse segmento”, antecipa um de nossos informantes.
Como é o Toyota Highlander?
A quarta geração do Toyota Highlander foi apresentada mundialmente em maio do ano passado, mas só chegou às concessionárias europeias em janeiro de 2021. Feito na plataforma modular GA-K, o Highlander é consideravelmente maior que o RAV4, com 4.966 mm de comprimento (366 mm a mais), 1.930 mm de largura (75 mm extras), 1.755 mm de altura (70 mm a mais) e 2.850 mm de distância entre eixos (160 mm além).
Ponto decisivo para a comercialização do Highlander no Brasil é o fato de o modelo compartilhar a mecânica com o RAV4, com motor 2.5 híbrido e câmbio CVT com engrenagens planetárias. “Isso diminui custos e facilita o treinamento da rede de concessionárias”, adianta outra fonte. No Highlander, o conjunto rende 246 cv, 24 cv extras na comparação com o RAV4. A Toyota divulga consumo médio de 14,3 km/l pelo ciclo europeu WLTP. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,3 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada a 180 km/h.
Um dos destaques do novo SUV da Toyota é justamente o espaço interno, com área generosa para os joelhos dos ocupantes nas três fileiras – segundo a marca, os dois bancos retráteis da última fileira podem acomodar adultos com conforto. No porta-malas, o SUV possui capacidade para generosos 658 litros com 5 lugares em uso. Já com a terceira fileira ocupada, o volume é de bons 332 litros, maior até mesmo do que o de um Jeep Renegade (320 litros). Com as duas fileiras rebatidas, o Highlander pode transportar até 1.909 litros.
Luxuosa, a cabine do Highlander traz retrovisor com visualização widescreen da câmera traseira, iluminação ambiente em LED, sistema de som JBL com 11 alto-falantes, head-up display, teto solar elétrico panorâmico, bancos dianteiros com ajustes elétricos, aquecimento e ventilação, carregador de celular por indução, ar-condicionado digital de três zonas e porta-malas com abertura e fechamento sem o uso das mãos. O quadro de instrumentos é parcialmente digital, com tela de 7”, enquanto a central multimídia exibe tela de 12,3” e é compatível com Android Auto e Apple CarPlay.
O Toyota Highlander também traz de série os recursos de assistência à condução do pacote Toyota Safety Sense, que inclui sensor de pontos cegos, controle de cruzeiro adaptativo, farol alto automático, alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência e assistente de manutenção de faixas. Atualizações destes sistemas incluem desvio autônomo de pedestres e ciclistas e redução automática de velocidade ao detectar curvas à frente.
SUV compacto nacional congelado
Com a chegada do Highlander, a Toyota terá mais um competidor entre os SUVs premium. Na faixa de entrada do segmento, entretanto, as chances de um lançamento da marca com fabricação nacional são remotas. Nomes como Toyota Raize e Yaris Cross até foram estudados pela marca, mas nenhum deles tem previsão de lançamento para o Brasil após congelamento do projeto de um SUV nacional.
O motivo é que a Toyota vê incertezas quanto ao futuro da economia brasileira e lucratividade do setor para cravar novos investimentos – aspectos que motivaram até mesmo uma cobrança oficial do presidente da fabricante no Brasil por uma “agenda de competitividade”.
“A matriz é muito rígida nos requisitos para a aprovação de investimentos. Enquanto não houver um cenário mais estável [da economia], será difícil ter produtos inéditos para produção local”, explica nossa fonte. Para viabilizar o Corolla Cross, a Toyota realizou investimento de R$ 1 bilhão na modernização da linha de montagem em Sorocaba. Apesar de o anúncio ter sido feito em 2019, o planejamento começou ao menos dois anos antes.
Fotos: Divulgação
Acho que resolveram trazer esse modelo pq sabem que as vendas da SW4 vão cair com a mudança do IPI pra PCD. Concordo com a opinião do Ronaldo, o carro não vale 300 mil, e por esse preço vc tem muitas opções interessantes.
Mais um modelo que não deve estar brilhando nas vendas no exterior, pesadão, com motor apenas aceitável e aquele maldito cambeco CVT que por ser barato para a montadora é o predileto de veículos orientais, ora pagar trezentos contos por veículo com CVT é coisa de quem sai sem cérebro quando vai comprar automóvel. Não acredito que vá vender o suficiente para justificar seu lançãmento por aqui, afinal não é bonito, nada traz de especial ou novo em tecnologia e o preço estimado exigiria algo de especial que o veículo não parece oferecer tipo uma transmissão automática Aisin, um motorzão de uns trezentos cavalos, enfim algo que motivasse o comprador a meter a mão no bolso com fé. Não compraria e não aconselharia meus conhecidos a adquirí-lo, afinal é muita grana para pouco carro.