Após ser lançado no Brasil em 2009, o Tiggo passa pelo seu primeiro facelift, e as mudanças fizeram bem ao pequeno SUV da marca de origem chinesa: além do visual atualizado, suas proporções lhe dão imponência, enquanto as luzes diurnas de LEDs conferem um toque de elegância ao modelo.

O Tiggo não foge do típico apelo oferecido pelos automóveis chineses, que consiste na oferta de uma ampla lista de itens de série a um preço relativamente baixo. Por R$ 52 990, o utilitário esportivo oferece direção hidráulica, ar-condicionado, sistema de som com MP3, trio elétrico, rodas de liga leve aro 16”, freios ABS e airbag duplo. Tudo isso envolto em uma carroceria de SUV. É tentador, não é?

Todavia, o interior do Tiggo não passa uma grande sensação de qualidade ao primeiro contato. Assim como outros modelos da marca, o interior da unidade testada apresentou cheiro marcante de plástico e óleo, tornando-o menos convidativo. Em compensação, o utilitário esportivo agrada pelo bom espaço e pelo revestimento interno de couro.

Na pista de testes, o Tiggo teve desempenho mediano. O motor 2.0 16V ACTECO (movido somente a gasolina) precisou de 11s7 para levar o SUV de 0 a 100 km/h, exatamente o mesmo tempo que o Ford EcoSport 1.6 16V. Para parar vindo a 120 km/h, no entanto, o SUV da Ford precisou de 56,6 m, enquanto o modelo da marca chinesa só o fez após percorrer 62,6 m, uma diferença consideravelmente grande.

Alguns detalhes, no entanto, marcaram negativamente a avaliação do Tiggo. O editor de testes da Revista Carro, Leonardo Barboza, notou durante um deslocamento em uma rodovia que uma das laterais do para-choque traseiro soltou-se logo após retirar o SUV da concessionária.

E a falta de precisão do marcador de combustível também chamou a atenção durante nossa avaliação: ao notar que o nível de combustível havia atingido a reserva, abasteci o modelo com R$ 15. Apesar da pequena quantidade de gasolina que foi adicionada ao tanque de combustível, o marcador passou a indicar 3/4 do reservatório cheio, e assim ficou até “despencar” para a reserva, após 40 km percorridos. São detalhes que influenciam junto ao consumidor e acabam com a confiabilidade do produto.

Conclusão: 6,1

O Tiggo tem preço acessível, lista de itens de série atraente e bom espaço interno. Contudo, detalhes como a grande imprecisão na marcação do medidor do nível de combustível retiram parte da confirança no produto. – Márcio Murta

Nossas medições
Aceleração 0-100 km/h     11s7
Retomada 60-120 km/h em 4ª     6s8
Frenagem 80 a 0 km/h (m)    21,7
Consumo cidade (km/l)    8,0
Consumo estrada (km/l)    11,9
Ruído a 120 km/h em 5ª (dB)    69,7

Dados da fabricante

Motor 4 cilindros, dianteiro, transversal, gasolina; Cilindrada 1 971 cm3; Potência 138 cv a 5 750 rpm; Torque 18,2 mkgf a 4 300 rpm; Câmbio manual, 5 marchas; Tração dianteira; Comprimento 4,39 m; Largura 1,76 m; Altura 1,70 m; Entre-eixos 2,51 m; Porta-malas 435 l; Peso 1 375 kg.

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