O admirável acabamento, o ronco assustador e o desafio às leis da física que o McLaren MP4-12C se propôs a mostrar ao mundo agora estão potencializados. Nesta nova concepção da marca para a sua essência esportiva de rua, a versão conversível dá mais noção da pureza e de onde se quis chegar com ele, mesmo considerando que um conversível nunca será tão perfeito quanto um carro de teto rígido em um circuito. Ao volante, rodando sem capota, você se sente mais íntimo do carro, sente prazer com o rugido do motor, o grito dos pneus e o som do vento. É como fazer um safári em meio aos leões sem a proteção de grades ou vidros, mas com a certeza de que não será atacado.

Dotado do mesmo 3.8 V8 biturbo de 625 cv da versão “normal”, o Spyder precisou de reforços na estrutura lateral e no assoalho para perder as colunas laterais. Mas foram tão bem calculados na estrutura de fibra de carbono e alumínio que acresceram apenas 40 kg ao peso total do carro — normalmente, os conversíveis são de 80 kg a 120 kg mais pesados. O desempenho manteve-se imaculado, assim como a rigidez torcional da carroceria, digna de parecer ser feita com os tijolos do Castelo de Nottingham. Ele acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3s1 e chega a 329 km/h de velocidade máxima. O preço, na Europa, é 22 950 euros mais caro que o do cupê.

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Entre as peculiaridades, você só precisa se acostumar com os ventos de mais de 300 km/h arrancando seus cabelos, e só se pode retrair a capota a até 30 km/h. No volante, há dois botões que influenciam o jeito de dirigir, aumentando a rapidez nas trocas do câmbio de 7 marchas com dupla embreagem ou dando mais agilidade e dureza às suspensões em dois níveis. Em modo normal, ele é como um “sir”: cavalheiro, cortês, sem implorar para que você o acelere.

Quando programado nos dois modos esportivos, ele parece se alimentar da força G. Adora e ignora as curvas mais velozes, e as contorna com a facilidade com que você vira os olhos. Porém, não curte muito as curvas de baixa, porque não tem molejo para tanto. É um velocista, um ponta-esquerda que dribla em velocidade. Em ocasiões bem dinâmicas, os pneus dão seus gritos, mas sem que a fumaça invada a atmosfera. Ele tem tanta eletrônica embarcada em seus controles de estabilidade, tração e aceleração que, quando você pensa em derrapar, ele traciona e pula à frente!

No Brasil, sua chegada deve se dar pelos importadores independentes e o preço ficará na casa dos R$ 2,5 milhões!

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