Tiguan Allspace marca início da estratégia da Volkswagen de lançar cinco SUVs no Brasil até 2020
A própria Volkswagen admite que perdeu tempo ao não renovar sua linha de SUVs no Brasil, composta somente dos defasados Tiguan de primeira geração e o Touareg de segunda linhagem. “Nossa participação nesse segmento é equivalente a 0%. Mas isso vai mudar em breve”, adiantou o presidente e executivo-chefe da marca na América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, ao anunciar a estreia do novo Tiguan no País.
O modelo é responsável por puxar uma fila de cinco lançamentos da fabricante neste segmento até 2020. O utilitário esportivo chega na configuração Allspace, de distância entre-eixos alongada, em três versões: 250 TSI (R$ 124.900), Comfortline 250 TSI (R$ 149.990) e R-Line 350 TSI (R$ 179.990).
Desde a base da gama, o SUV traz lista de equipamentos de série recheada: seis airbags, central multimídia com GPS, sensores de estacionamento na dianteira e traseira, sensor de chuva e monitoramento da pressão dos pneus. A Comfortline acrescenta bancos em couro com aquecimento e ajustes elétricos nos frontais, câmera de ré, rodas de 18 polegadas, faróis e lanternas em LED e dois bancos extras no porta-malas.
As duas primeiras configurações trazem motor 1.4 TSI flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque combinado ao câmbio DSG de seis marchas. Já o topo de linha R-Line vem com motor 2.0 TSI (a gasolina) de 220 cv e 35,7 kgfm. Neste caso, o câmbio é DSG de sete marchas e a tração, integral 4Motion.
Levamos para a pista de testes a Comfortline 250 TSI. O modelo acelerou de 0 a 100 km/h em 9s5, apenas 0s2 mais lento que a antiga geração com motor 1.4 a gasolina. As retomadas também ficaram na mesma casa do antigo. É um bom resultado se consideramos que o novo modelo ficou 97 kg mais pesado – graças ao aumento da carroceria em todas as medidas. O consumo médio com gasolina passou de 11,4 km/l na antiga geração para 11,7 km/l. Com etanol, o Allspace fez 7,7 km/l de média.
Mesmo com maior altura em relação ao solo e posição de guiar mais elevada, o comportamento ao volante lembra outros modelos feitos na base MQB, como a perua Golf Variant. O ajuste de suspensão absorve com maestria as irregularidades do solo e proporciona bom comportamento em curvas.
Na cabine, o espaço satisfaz na primeira e segunda fileiras, onde os passageiros podem escolher diferentes temperaturas no ar-condicionado (o sistema de três zonas vem de série desde a versão básica). Já nos lugares extras no porta-malas, a acomodação de adultos é mais limitada – há pouca amplitude para pernas e cabeça. Ao menos o volume no compartimento de carga é razoável com os sete passageiros: 216 litros. Com cinco pessoas a bordo, são bons 686 litros de capacidade.
O teto solar panorâmico é o único opcional para as três configurações e custa R$ 4.000 extras. Todas as versões do novo Tiguan vêm de fábrica com as três primeiras revisões gratuitas (peças e mão de obra). Com bom desempenho e conteúdo compatível com os competidores na faixa dos R$ 150 mil, o Allspace marca um começo com o ‘pneu direito’ para a chamada ofensiva de SUVs da fabricante de origem alemã.
*Texto publicado originalmente na edição 295 (maio/2018) da Revista CARRO
> Confira a tabela completa com os números de teste em pista:
Sem dúvida vale muito mais a pena. Já recebeu o veículo? Como está o consumo dele? Pergunto porque estou no aguardo da chegada do meu.
Estava pensando em adquirir um compass, mas preferi o Tiguan, de 5 lugares com teto, estou no aguardo da entrega. Mais econômico, forte e confiável. Ainda consegui um bom desconto, quase 8% do valor, que aliado ao custo zero das 3 primeiras revisões me fizeram bater o martelo. Acredito que os preços vão ser reposicionados com a chegada do T-CROSS. Quem quiser um tiguan, acho que a hora é agora, enquanto o Banco Central lastro para segurar o câmbio num patamar “razoável”.
Ótima matéria, muito bem feita, me levou a concessionaria e fazer um teste drive e fiz a compra de um modelo confortline.
Troquei minha compass com 24.000 km, por uma tiguan zero.