Após teaser e vazamentos, a Land Rover finalmente revelou o novo Discovery. A terceira geração do utilitário esportivo foi apresentada em Paris com um visual mais moderno, carroceria mais leve e com um banho de tecnologia. O modelo, capaz de levar até sete pessoas, está confirmado para chegar ao Brasil em 2017.

Faróis afilados podem receber um sistema Full-LED adaptativo
Por fora o Discovery mistura elementos do irmão menor Discovery Sport e dos luxuosos Range Rover. Os modelos topo de linha, aliás, emprestam a plataforma de alumínio ao modelo, que ficou até 480 kg mais leve, dependendo da versão. Há quatro opções de motores a gasolina e a diesel, sendo dois V6 e dois 2.0 de quatro cilindros, sempre com câmbio automático da ZF de oito marchas e tração integral. 

Coluna "C" inclinada veio do Discovery Sport, e as lanternas são inspiradas no Range Rover
A terceira fileira de bancos mais elevada, um dos diferenciais do modelo, foi mantida, mas agora tanto os assentos adicionais quanto os bancos intermediários podem ser rebatidos por meio de um aplicativo no celular. De olho nas famílias, a Land Rover oferece o sistema Isofix para cadeirinhas de bebês em cinco assentos (um no banco do passageiro e dois em cada fileira posterior), seis tomadas 12V e, acredite, nove conectores USB.

Interior bem acabado não tem ousadias visuais de outros modelos da JLR
O interior continua bem-acabado, com diversas peças de alumínio ou forradas por material emborrachado e/ou couro. O sistema multimídia pode receber uma tela de até 10 polegadas e usa o mesmo software já encontrado em outros modelos da marca. A Land Rover, porém, adotou uma tática incomum no segmento, mas conhecida por fabricantes generalistas. Vários compartimentos foram espalhados pela carroceria, incluindo um porta-treco escondido atrás da tampa onde ficam os controles do ar-condicionado digital.

Porta-treco escondido atrás dos comandos do ar-condicionado repetem truque do primeiro Honda City nacional
Entre os mimos há opção de bancos ventilados e aquecidos (inclusive para a terceira fileira), telas de LCD para os passageiros, ar-condicionado de quatro zonas, teto-solar duplo com controles individuais e rebatimento elétrico das duas fileiras traseiras de bancos. O painel de instrumentos, porém, mistura dois mostradores analógicos com uma tela de cristal líquido central, arranjo mais simples do que os sistemas totalmente digitais do Range Rover e F-Pace.

A suspensão independente nas quatro rodas adota um sistema pneumático para mudar a altura da carroceria, permitindo até que o carro seja rebaixado em até 40 mm para facilitar o embarque dos ocupantes ou colocação de carga no porta-malas – cuja tampa deixou de ser bipartida.

Quem se animou com os diversos vídeos que anteciparam as tecnologias desenvolvidas pela Jaguar Land Rover pode se frustrar com o novo Discovery. Ao contrário do prometido pelo presidente da marca no Brasil, o SUV não estreia nenhum recurso inovador no segmento. Já comuns (ainda que como opcionais) na faixa de preço acima dos R$ 300.000, onde o Discovery se situa, os principais equipamentos do modelo são o controlador de velocidade adaptativo com detecção de pedestre e frenagem autônoma, alerta e assistente de manutenção de faixa, aviso de veículo no ponto cego, câmeras de 360º e sistema de estacionamento automático.

A incomum e pouco prática “chave de atividade” que estreou no Jaguar F-Pace também será oferecida no Discovery. Composta por uma pulseira emborrachada e um circuito elétrico alimentado por indução, ela permite ao proprietário trancar a chave dentro do carro e realizar atividades como corrida ou natação. O sistema, apesar de funcional, é menos eficiente que o simples teclado numérico embutido na porta usado por marcas como Ford.

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